Imagem e biografia: pt.wikipedia.org
OSCAR PEDERNEIRAS
Oscar Veloso Paranhos Pederneiras (Rio Pardo, Rio Grande do Sul 1860 — Rio de Janeiro, 12 de agosto de 1890) foi um advogado[carece de fontes] e jornalista brasileiro, famoso como autor de peças do teatro de revista.
Filho de Manuel Veloso Paranhos Pederneiras e de Isabel França Leite Pederneiras, era irmão do poeta Mário Pederneiras e do caricaturista Raul Pederneiras. Formou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, com passagens como jornalista pelo Jornal do Commercio e da revista A República, sendo promotor público no Rio de Janeiro.
MAIO DE 1888: Poesia distribuída ao povo, no Rio de Janeiro, em comemoração à Lei de 13 de maio de 1888 / Edição, apresentação e notas de José Américo Miranda: pesquisa realizada por Thais Velloso Cougo Pimentel, Regina Helena Alves da Silva, Luis D. H. Arnauto. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 1999. 220 p. (Coleção Afrânio Peixoto, 45 )
Ex. bibl. Antonio Miranda
A PÁTRIA LIVRE!
Exulta o coração da Pátria arrebatada!
O Cruzeiro do Sul da luz emerge agora!
É que sucede à noite, à noite condenada,
Da Liberdade a santa e resplendente aurora!
Não mais, ó pátria minha, o teu destino chora!
Os filhos teus, a fronte altiva e alevantada,
Já podem ver que irrompe a bela madrugada
Por entre aclamações e música sonora!...
Não mais aquele quadro enegrecido e feio
Do abutre “Escravidão” que a corromper-te o seio,
A deusa Abolição, no último reduto,
Deu batalha e venceu, em menos de um minuto
Nesta luta cruel travada há três mil anos!
13 DE MAIO DE 1888
AVE LIBERTAS!
Foi plácido o combate! E serena a guerrilha!
Sem lágrima nem sangue o verde pavilhão
Hoje ovante tremula ao centro da Bastilha
Chamada — Escravidão!
À noite negra, imensa; ao astro que descora;
Ao pranto, ao luto, à dor, sucede a claridade;
Irrompe resplendente a deslumbrante Aurora,
Dia de Liberdade!
És grande, enfim, Brasil!... Quebrou teus vis grilhões
Um coração de Mãe!lll Podes hoje, a sorrir,
O lugar que te cabe, altíssono, pedir
Entre as livres nações!...
Salve! Rainha! A ti, que da história riscaste
As páginas cruéis de séculos de horrores!...
No coração da Pátria o trono teu firmaste
Entre bênçãos e flores!
*
VEJA e LEIA outros poetas do RIO GRANDE DO SUL em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grade_sul/rio_grande_sul.html
Página publicada em fevereiro de 2021
|